SEMINÁRIO DO LIVRO FOGO MORTO, DE JOSÉ LINS DO REGO
Buenas. Aí embaixo estão algumas perguntas que elaborei sobre o livro Fogo morto. Achei que respondendo às perguntas vocês poderiam aprofundar seu conhecimento da obra. Antes de responder leiam o livro, ou, pelo menos, um bom resumo. O gabarito está no final.
1 – Sobre as três personagens que encabeçam as partes do romance Fogo morto, de José Lins do Rego, afirma-se:
I – elas têm em comum o fato de representarem a aristocracia decadente dos engenhos de açúcar.
II – cada uma delas representa uma esfera social diferente, mas igualam-se porque, cada uma a seu modo, retrata a decadência do sistema social erigido em torno dos engenhos.
III – as três apresentam psicoses que revelam quadros variados de loucura.
IV – ligam-se umas às outras pelo parentesco, fazendo o romance constituir, internamente, uma trilogia que retrata a história da família.
Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) II e III b) II e IV c) III e IV d) I, II e IV e) todas estão corretas
2 – José Lins do Rego foi um dos mais proeminentes escritores da chamada Geração de 30. Sobre os escritores desta geração, é correto afirmar que
a) escreveram textos essencialmente regionalistas, voltados para corresponder aos interesses dos leitores de sua região de origem.
b) escreveram textos regionalistas que, porém, por explorarem a condição essencialmente humana das personagens, alcançaram dimensão universal.
c) escreveram seus romances no período entre 1930 e 1939, após o qual uma nova fase surgiu na literatura brasileira.
d) constituiu-se de um grupo de escritores nordestinos comprometidos em retratar os costumes e a vida do povo do sertão, revelando a condição humana do sertanejo.
3 – Mário de Andrade foi um dos muitos críticos literários que se rendeu à qualidade artística da obra Fogo morto. Segundo ele, os três personagens que encabeçam as partes do livro têm em comum
a) “complexo de inferioridade”
b) “mania de superioridade”
c) “esquizofrenia”
d) “sérios problemas de relacionamento com as esposas, o que desencadeia neles crises nervosas”
e) “um machismo exacerbado que os leva a agredir suas esposas para compensar suas frustrações sexuais”
4 – Antonio Carlos Villaça comparou o romance Fogo morto a uma sonata em três movimentos: “a alegro inicial, com a raiva do mestre Zé Amaro, destabocado, sincero, o andante central com a pasmaceira de Lula de Holanda, e o presto fulgurante, [...] do incrível capitão Vitorino, impetuosa criação.”
Dentre os livros citados abaixo, assinale aquele que também tem uma estrutura comparada a uma peça musical:
a) Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo
b) Violões que choram, de Cruz e Souza
c) Concerto campestre, de Luiz Antonio de Assis Brasil
d) Menino de Engenho, de José Lins do Rego
e) A hora da estrela, de Clarice Lispector
5 – As frases do romance Fogo morto são objetivas, tendo, a maioria, entre uma e duas linhas. Ao invés de vírgulas, o autor prefere o ponto. Além disso, o narrador dá voz às personagens, calcando o texto muito mais nos diálogos do que na narração, dando agilidade às ações. Esta estrutura
a) reforça a configuração modernista do livro atendendo aos preceitos da geração de 22.
b) acentua a incapacidade lingüística das personagens, que não tiveram acesso à educação.
c) facilita a leitura, tornando o texto mais leve e atraente.
d) reforça o caráter dramático da narrativa, aproximando-o a uma peça teatral cujo tema é a tragédia.
e) alimenta o sentido lírico da obra, monumento de concisão estilística.
6 – Na página 58, José Amaro faz a seguinte reflexão: “Nesta terra só quem não tem razão é pobre”. Na página 305, o narrador a reitera, revelando-nos que José Amaro pensa que “Pobre não tinha direito. Quem sabia dar direito aos pobres era o capitão, era Jesuíno Brilhante, era o cangaço que vingava [...]”. A reiteração desta reflexão revela que o autor
a) tinha a intenção de deixar claro que José Amaro estava ficando maluco e por isso repetia suas idéias.
b) reafirma sua crítica a um sistema injusto em que apenas os ricos têm seus direitos assegurados, enquanto os pobres só os têm quando vingados pela marginalidade.
c) cometeu uma falha estética ao repetir idéias iguais modificando apenas a forma como as expressou.
d) quis deixar claro o caráter cíclico de seu romance, pois os fatos se repetem ao longo da narrativa.
7 – Vitorino Carneiro da Cunha é, de certa forma, inspirado num personagem clássico da Literatura Universal. Qual é este personagem?
a) Sancho Pança
b) Dom Casmurro
c) Quincas Borba
d) Hamlet
e) Dom Quixote
8 – Uma constante do Romance de 30 é a crítica aos poderes constituídos. Em Fogo morto, uma das formas desta crítica percebe-se
a) no modo como o narrador descreve a decrepitude e a loucura dos senhores de engenho.
b) nas ações da polícia que, sem conseguir prender os bandidos de verdade, prova sua ineficiência e, de forma patética, espanca e prende o cego e os velhos, cidadãos indefesos.
c) na idealização do cangaceiro, que representa uma referência a Robin Hood, pois rouba dos ricos para distribuir entre os pobres.
d) na totalidade do romance, que desenvolve a temática da decadência dos engenhos, cujo destino é transformar-se num “fogo morto”.
9 – O engenho Santa Fé é, comparado com os demais, pequeno, mas diferencia-se dos outros porque os senhores desfilam num cabriolé e, sobretudo, porque nele há um piano. O piano funciona como um símbolo, que representa
a) o respeito e admiração que seus senhores têm por suas mulheres, as quais tocam o instrumento divinamente.
b) o refinamento cultural das filhas de seu Tomás, que fazia questão de proporcionar a elas uma educação requintada, para fazê-las diferentes de todas as outras e demonstrar seu amor por elas.
c) o luxo do qual usufruíam os senhores do engenho Santa Fé, o qual foi responsável pela sua decadência.
d) o gosto que seu Tomás e seu Lula tinham pela música, a qual proporcionava momentos de muito prazer a ambos quando as filhas de seu Tomás tocavam.
e) cultura, poder e riqueza.
10 – Sobre as mulheres do engenho Santa Fé, afirma-se:
I – são semelhantes às demais, pois representam apenas a condição da mulher submissa, subjugada pela força do marido.
II – as filhas diferenciam-se das dos outros senhores de engenho pela requintada educação que seu Tomás fez questão de garantir-lhes.
III – representam a força da mulher que, quando os maridos adoecem e não têm mais condições de prover a família, tomam para si esta responsabilidade e têm êxito nela.
IV – são personagens planas, que não apresentam complexidade psicológica.
V – a doença de Olívia a iguala à Marta, demonstrando a intenção do autor de mostrar que ricos e pobres, diante da força da loucura, são igualmente, simplesmente, humanos.
Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e V c) III e IV d) I, II e V e) todas estão corretas
11 – Lula de Holanda Chacon é um senhor de engenho culto, bem informado e fervorosamente religioso. Esta caracterização revela a intenção do autor de
a) provar que a fé em Deus e o conhecimento não é capaz de salvar um engenho do seu destino de falência.
b) deixar claro que o conhecimento individual não pode superar uma tendência social, que, no caso do capitalismo, constitui-se na substituição dos engenhos pelas usinas.
c) criticar a classe dominante que, apesar de seu poder, não consegue comandar sua vida pessoal.
d) demonstrar que um homem culto, religioso e rico é tão homem quanto um seleiro, um vadio ou qualquer outro, e deixar clara sua posição de que nenhum homem é melhor do que outro.
12 – Luís, o filho de Vitorino, representa:
a) o homem da cidade, muito mais humano do que as criaturas animalizadas do sertão.
b) o homem do sertão que, ao mudar-se para a cidade grande, é corrompido e se degrada.
c) a possibilidade de uma vida melhor fora do sertão, num ambiente que não exige das pessoas tentarem demonstrar que são o que não são, como seu pai faz o tempo todo.
d) a crença do autor de que o homem humilde pode alcançar pelo trabalho a realização de seus sonhos, independente da classe social a que pertence.
13 – Observe os itens a seguir:
I – “Não possuía nada e se sentia como se fosse senhor do mundo.” p. 396
II – “Voltava mais uma vez à sua mágoa latente: o filho que não viera, a filha que era uma manteiga derretida.” p. 56-57
III – “Já ia perto de casa. Lá encontraria a mulher e a filha, toda a desgraça de sua vida.” p. 81
IV – “A sua mulher teria também medo dele? Estaria assim tão monstruoso que espantasse o povo?”
V – Mesmo tendo apanhado a ponto de ficar desfalecido, quando levanta, afirma que retornará à luta: “Um homem que se preza não deve se entregar.” p. 400
Dentre os itens acima, referem-se ao capitão Vitorino Carneiro da Cunha:
a) I e III b) I e V c) III e IV d) II e V e) n.d.a.
14 – Sobre José Amaro, afirma-se:
I – tem clara semelhança com o personagem Dom Quixote, criação de Miguel de Cervantes.
II – não se conforma com sua condição de inferioridade, e vê a ajuda que dá aos cangaceiros como uma possibilidade de recuperar sua dignidade.
III – sente-se mal, pois não conseguira a mesma glória no trabalho que seu pai alcançara, tendo este feito selas inclusive para o imperador.
IV – não se conforma com a doença da filha e, por espancá-la, acaba abandonado pela esposa, que o teme como se ele estivesse possuído pelo demônio.
V – torna-se uma espécie de “lobisomem” após ter feito um pacto com o demônio.
Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e IV c) III e IV d) I, II e V e) todas estão corretas
15 – Sobre Lula de Holanda Chacon, afirma-se:
I – representa a aristocracia decadente dos engenhos de açúcar.
II – representa o homem culto que, apesar de seus conhecimentos e da dedicação ao trabalho, não consegue evitar a falência de sua propriedade.
III – apesar de toda a riqueza, devoção religiosa e cultura, acaba como os outros personagens principais do livro: arruinado e louco.
IV – representa o patriarca poderoso que, com pulso firme, comanda seus escravos, sua propriedade e sua família.
Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e IV c) III e IV d) I, II e IV e) n.d.a.
Gabarito
1 a 6 b 11 d
2 b 7 e 12 c
3 b 8 b 13 b
4 c 9 14 b
5 d 10 b 15 a
Buenas. Aí embaixo estão algumas perguntas que elaborei sobre o livro Fogo morto. Achei que respondendo às perguntas vocês poderiam aprofundar seu conhecimento da obra. Antes de responder leiam o livro, ou, pelo menos, um bom resumo. O gabarito está no final.
1 – Sobre as três personagens que encabeçam as partes do romance Fogo morto, de José Lins do Rego, afirma-se:
I – elas têm em comum o fato de representarem a aristocracia decadente dos engenhos de açúcar.
II – cada uma delas representa uma esfera social diferente, mas igualam-se porque, cada uma a seu modo, retrata a decadência do sistema social erigido em torno dos engenhos.
III – as três apresentam psicoses que revelam quadros variados de loucura.
IV – ligam-se umas às outras pelo parentesco, fazendo o romance constituir, internamente, uma trilogia que retrata a história da família.
Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) II e III b) II e IV c) III e IV d) I, II e IV e) todas estão corretas
2 – José Lins do Rego foi um dos mais proeminentes escritores da chamada Geração de 30. Sobre os escritores desta geração, é correto afirmar que
a) escreveram textos essencialmente regionalistas, voltados para corresponder aos interesses dos leitores de sua região de origem.
b) escreveram textos regionalistas que, porém, por explorarem a condição essencialmente humana das personagens, alcançaram dimensão universal.
c) escreveram seus romances no período entre 1930 e 1939, após o qual uma nova fase surgiu na literatura brasileira.
d) constituiu-se de um grupo de escritores nordestinos comprometidos em retratar os costumes e a vida do povo do sertão, revelando a condição humana do sertanejo.
3 – Mário de Andrade foi um dos muitos críticos literários que se rendeu à qualidade artística da obra Fogo morto. Segundo ele, os três personagens que encabeçam as partes do livro têm em comum
a) “complexo de inferioridade”
b) “mania de superioridade”
c) “esquizofrenia”
d) “sérios problemas de relacionamento com as esposas, o que desencadeia neles crises nervosas”
e) “um machismo exacerbado que os leva a agredir suas esposas para compensar suas frustrações sexuais”
4 – Antonio Carlos Villaça comparou o romance Fogo morto a uma sonata em três movimentos: “a alegro inicial, com a raiva do mestre Zé Amaro, destabocado, sincero, o andante central com a pasmaceira de Lula de Holanda, e o presto fulgurante, [...] do incrível capitão Vitorino, impetuosa criação.”
Dentre os livros citados abaixo, assinale aquele que também tem uma estrutura comparada a uma peça musical:
a) Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo
b) Violões que choram, de Cruz e Souza
c) Concerto campestre, de Luiz Antonio de Assis Brasil
d) Menino de Engenho, de José Lins do Rego
e) A hora da estrela, de Clarice Lispector
5 – As frases do romance Fogo morto são objetivas, tendo, a maioria, entre uma e duas linhas. Ao invés de vírgulas, o autor prefere o ponto. Além disso, o narrador dá voz às personagens, calcando o texto muito mais nos diálogos do que na narração, dando agilidade às ações. Esta estrutura
a) reforça a configuração modernista do livro atendendo aos preceitos da geração de 22.
b) acentua a incapacidade lingüística das personagens, que não tiveram acesso à educação.
c) facilita a leitura, tornando o texto mais leve e atraente.
d) reforça o caráter dramático da narrativa, aproximando-o a uma peça teatral cujo tema é a tragédia.
e) alimenta o sentido lírico da obra, monumento de concisão estilística.
6 – Na página 58, José Amaro faz a seguinte reflexão: “Nesta terra só quem não tem razão é pobre”. Na página 305, o narrador a reitera, revelando-nos que José Amaro pensa que “Pobre não tinha direito. Quem sabia dar direito aos pobres era o capitão, era Jesuíno Brilhante, era o cangaço que vingava [...]”. A reiteração desta reflexão revela que o autor
a) tinha a intenção de deixar claro que José Amaro estava ficando maluco e por isso repetia suas idéias.
b) reafirma sua crítica a um sistema injusto em que apenas os ricos têm seus direitos assegurados, enquanto os pobres só os têm quando vingados pela marginalidade.
c) cometeu uma falha estética ao repetir idéias iguais modificando apenas a forma como as expressou.
d) quis deixar claro o caráter cíclico de seu romance, pois os fatos se repetem ao longo da narrativa.
7 – Vitorino Carneiro da Cunha é, de certa forma, inspirado num personagem clássico da Literatura Universal. Qual é este personagem?
a) Sancho Pança
b) Dom Casmurro
c) Quincas Borba
d) Hamlet
e) Dom Quixote
8 – Uma constante do Romance de 30 é a crítica aos poderes constituídos. Em Fogo morto, uma das formas desta crítica percebe-se
a) no modo como o narrador descreve a decrepitude e a loucura dos senhores de engenho.
b) nas ações da polícia que, sem conseguir prender os bandidos de verdade, prova sua ineficiência e, de forma patética, espanca e prende o cego e os velhos, cidadãos indefesos.
c) na idealização do cangaceiro, que representa uma referência a Robin Hood, pois rouba dos ricos para distribuir entre os pobres.
d) na totalidade do romance, que desenvolve a temática da decadência dos engenhos, cujo destino é transformar-se num “fogo morto”.
9 – O engenho Santa Fé é, comparado com os demais, pequeno, mas diferencia-se dos outros porque os senhores desfilam num cabriolé e, sobretudo, porque nele há um piano. O piano funciona como um símbolo, que representa
a) o respeito e admiração que seus senhores têm por suas mulheres, as quais tocam o instrumento divinamente.
b) o refinamento cultural das filhas de seu Tomás, que fazia questão de proporcionar a elas uma educação requintada, para fazê-las diferentes de todas as outras e demonstrar seu amor por elas.
c) o luxo do qual usufruíam os senhores do engenho Santa Fé, o qual foi responsável pela sua decadência.
d) o gosto que seu Tomás e seu Lula tinham pela música, a qual proporcionava momentos de muito prazer a ambos quando as filhas de seu Tomás tocavam.
e) cultura, poder e riqueza.
10 – Sobre as mulheres do engenho Santa Fé, afirma-se:
I – são semelhantes às demais, pois representam apenas a condição da mulher submissa, subjugada pela força do marido.
II – as filhas diferenciam-se das dos outros senhores de engenho pela requintada educação que seu Tomás fez questão de garantir-lhes.
III – representam a força da mulher que, quando os maridos adoecem e não têm mais condições de prover a família, tomam para si esta responsabilidade e têm êxito nela.
IV – são personagens planas, que não apresentam complexidade psicológica.
V – a doença de Olívia a iguala à Marta, demonstrando a intenção do autor de mostrar que ricos e pobres, diante da força da loucura, são igualmente, simplesmente, humanos.
Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e V c) III e IV d) I, II e V e) todas estão corretas
11 – Lula de Holanda Chacon é um senhor de engenho culto, bem informado e fervorosamente religioso. Esta caracterização revela a intenção do autor de
a) provar que a fé em Deus e o conhecimento não é capaz de salvar um engenho do seu destino de falência.
b) deixar claro que o conhecimento individual não pode superar uma tendência social, que, no caso do capitalismo, constitui-se na substituição dos engenhos pelas usinas.
c) criticar a classe dominante que, apesar de seu poder, não consegue comandar sua vida pessoal.
d) demonstrar que um homem culto, religioso e rico é tão homem quanto um seleiro, um vadio ou qualquer outro, e deixar clara sua posição de que nenhum homem é melhor do que outro.
12 – Luís, o filho de Vitorino, representa:
a) o homem da cidade, muito mais humano do que as criaturas animalizadas do sertão.
b) o homem do sertão que, ao mudar-se para a cidade grande, é corrompido e se degrada.
c) a possibilidade de uma vida melhor fora do sertão, num ambiente que não exige das pessoas tentarem demonstrar que são o que não são, como seu pai faz o tempo todo.
d) a crença do autor de que o homem humilde pode alcançar pelo trabalho a realização de seus sonhos, independente da classe social a que pertence.
13 – Observe os itens a seguir:
I – “Não possuía nada e se sentia como se fosse senhor do mundo.” p. 396
II – “Voltava mais uma vez à sua mágoa latente: o filho que não viera, a filha que era uma manteiga derretida.” p. 56-57
III – “Já ia perto de casa. Lá encontraria a mulher e a filha, toda a desgraça de sua vida.” p. 81
IV – “A sua mulher teria também medo dele? Estaria assim tão monstruoso que espantasse o povo?”
V – Mesmo tendo apanhado a ponto de ficar desfalecido, quando levanta, afirma que retornará à luta: “Um homem que se preza não deve se entregar.” p. 400
Dentre os itens acima, referem-se ao capitão Vitorino Carneiro da Cunha:
a) I e III b) I e V c) III e IV d) II e V e) n.d.a.
14 – Sobre José Amaro, afirma-se:
I – tem clara semelhança com o personagem Dom Quixote, criação de Miguel de Cervantes.
II – não se conforma com sua condição de inferioridade, e vê a ajuda que dá aos cangaceiros como uma possibilidade de recuperar sua dignidade.
III – sente-se mal, pois não conseguira a mesma glória no trabalho que seu pai alcançara, tendo este feito selas inclusive para o imperador.
IV – não se conforma com a doença da filha e, por espancá-la, acaba abandonado pela esposa, que o teme como se ele estivesse possuído pelo demônio.
V – torna-se uma espécie de “lobisomem” após ter feito um pacto com o demônio.
Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e IV c) III e IV d) I, II e V e) todas estão corretas
15 – Sobre Lula de Holanda Chacon, afirma-se:
I – representa a aristocracia decadente dos engenhos de açúcar.
II – representa o homem culto que, apesar de seus conhecimentos e da dedicação ao trabalho, não consegue evitar a falência de sua propriedade.
III – apesar de toda a riqueza, devoção religiosa e cultura, acaba como os outros personagens principais do livro: arruinado e louco.
IV – representa o patriarca poderoso que, com pulso firme, comanda seus escravos, sua propriedade e sua família.
Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e IV c) III e IV d) I, II e IV e) n.d.a.
Gabarito
1 a 6 b 11 d
2 b 7 e 12 c
3 b 8 b 13 b
4 c 9 14 b
5 d 10 b 15 a
Nenhum comentário:
Postar um comentário