sexta-feira, 22 de maio de 2009

Questões sobre Murilo Mendes e Vinicius de Moraes

Algumas questíunculas sobre Murilo Mendes e Vinícius de Moraes.
Estas são moleza, nem precisa de gabarito.


Murilo Mendes

Texto para as questões 1 e 2
Canção do exílio

Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil-réis a dúzia.

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
1 – Sobre o poema ao lado, afirma-se:

I – critica os costumes brasileiros e apresenta um eu lírico satisfeito com o exílio.
II – apresenta a dura realidade dos pobres que não têm dinheiro para alimentarem-se com dignidade.
III – é uma paródia de um famoso poema romântico de Gonçalves Dias.
IV – é, de certa forma, autobiográfico, pois Murilo Mendes passou muito tempo de sua vida vivendo fora do Brasil.
V – demonstra a fé de Murilo Mendes, católico praticante cujo projeto lírico era “restaurar a poesia em Cristo”.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, IV e V c) III e IV d) I, II e V e) todas estão corretas



2 – Ainda sobre o poema Canção do Exílio, afirma-se:
I – Os versos iniciados por letra minúscula marcam o fato de estes invadirem os intervalos que os separam do verso anterior, tanto sintática quanto semanticamente.
II – o eu lírico critica os poetas que se apartam do mundo em “torres de ametista” sem perceber que integram o povo brasileiro.
III – apesar de reconhecer que há problemas em sua pátria, o eu lírico sente-se sufocado em terra estrangeira.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I b) I e II c) I e III d) II e) I, II e III


3 – O livro de poemas em que Murilo Mendes se despede do Brasil, sobretudo de Minas Gerais, estado em que nasceu e cuja presença barroca do Aleijadinho influenciou-o profundamente, tem como título:
a) Poesia Liberdade
b) A poesia em pânico
c) As metamorfoses
d) Mundo enigma
e) Contemplação de Ouro Preto
Texto para a questão 4
O poeta na igreja

Entre a tua eternidade e o meu espírito
se balança o mundo das formas.
Não consigo ultrapassar a linha dos vitrais
pra repousar nos teus caminhos perfeitos.
Meu pensamento esbarra nos seios, nas coxas e ancas das mulheres,
pronto.
Estou aqui, nu, paralelo à tua vontade,
sitiado pelas imagens exteriores.
Todo o meu ser procura romper o seu próprio molde
em vão! noite do espírito
onde os círculos da minha vontade se esgotam.
Talhado pra eternidade das idéias
ai quem virá povoar o vazio da minha alma?

Vestidos suarentos, cabeças virando de repente,
pernas rompendo a penumbra, sovacos mornos,
seios decotados não me deixam ver a cruz.

Me desliguem do mundo das formas!

4 – Sobre o poema O poeta na igreja, afirma-se:

I – é modelo da poesia que tenta conciliar extremos, freqüente na obra de Murilo Mendes.
II – revela a espiritualidade do autor, cujo eu lírico, neste poema, demonstra sua inquietação diante de um mundo que o impede de alcançar a libertação das formas e a plenitude do espírito.
III – nele está presente a ginofilia (o apreço do autor pelas mulheres), das quais ele foi sempre um admirador.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I b) I e II c) I e III d) II e) I, II e III

Texto para a questão 5
O padre de ferro

Este homem não entendeu
O caráter brasileiro
Quis deitar muita energia,
Acabou se dando mal.
Antes deixar como está
Para ver como é que fica!...

5 – Este poema pertence ao livro:

a) O visionário, em que Murilo Mendes revela sua fé católica e seus anseios religiosos.
b) História do Brasil, em que Murilo Mendes expressa-se originalmente com poemas-piada sutis ainda inspirados pelos modernistas de 1922.
c) Tempo e eternidade, em que Murilo Mendes critica os princípios cristãos expressando a efemeridade da vida.
d) As metamorfoses, em que o autor demonstra a instabilidade da personalidade humana e revela uma profunda crise existencial.
Texto para a questão 6
Pré-história

Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém:
Cai no álbum de retratos.

6 – Este poema é um claro exemplo de qual tendência, freqüente em Murilo Mendes:

a) barroca
b) metafísica
c) surrealista
d) musicista
e) cubista
Texto para a questão 7
Meninos

Sentado à soleira da porta
Menino triste
Que nunca leu Júlio Verne
Menino que não joga bilboquê
Menino das brotoejas e da tosse eterna

Contempla o menino rico na varanda
Rodando na bicicleta
O mar autônomo sem fim

É triste a luta das classes.

7 – Sobre este poema, afirma-se:
I – demonstra a fé de Murilo Mendes, católico praticante cujo projeto lírico era “restaurar a poesia em Cristo”, resgatando a compaixão pelo ser humano.
II – revela que o autor simpatizava com a causa das classes pobres.
III – é um bom modelo para comprovar o comprometimento político de Murilo Mendes e seu interesse pelas causas humanitárias.
IV – demonstra a compaixão de Murilo Mendes pelas crianças, motivada pela amargura de nunca ter conseguido ter um filho.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I, II e III b) II e IV c) III e IV d) I, II e IV e) todas estão corretas

8 – Vinícius de Moraes
Leia os dois poemas abaixo para responder o que segue.
A uma mulher

Quando a madrugada entrou, eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.
Mas quando meus lábios tocaram teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade.

Soneto de devoção

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios

Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela

Essa mulher é um mundo! – uma cadela
Talvez... – mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!

Sobre os poemas acima, afirma-se:
I – O primeiro mostra uma mulher idealizada, mística, produto de uma primeira fase católica do poeta; enquanto o segundo revela a mulher objeto, caracterizada na figura de uma prostituta.
II – O primeiro revela uma atmosfera mística, mostrando uma certa consciência do “pecado” que provoca um estado de confusão mental no eu lírico.
III – O segundo poema trata a mulher como ser carnal, lascivo, em oposição às mulheres românticas.
IV – O primeiro pertence à segunda fase do poeta, em que ele revela amadurecimento e um recrudescimento de seu espírito boêmio, tendendo a uma maior espiritualidade.
V – O segundo poema revela a estrutura poética em que Vinícius de Moraes despertou maior comoção no público: o soneto, forma poética em que o autor foi mestre.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I, II e IV b) II, III e V c) III, IV e V d) II, IV e V e) I, IV e V

Seminário do livro Fogo morto, de J. Lins do Rego

SEMINÁRIO DO LIVRO FOGO MORTO, DE JOSÉ LINS DO REGO

Buenas. Aí embaixo estão algumas perguntas que elaborei sobre o livro Fogo morto. Achei que respondendo às perguntas vocês poderiam aprofundar seu conhecimento da obra. Antes de responder leiam o livro, ou, pelo menos, um bom resumo. O gabarito está no final.


1 – Sobre as três personagens que encabeçam as partes do romance Fogo morto, de José Lins do Rego, afirma-se:
I – elas têm em comum o fato de representarem a aristocracia decadente dos engenhos de açúcar.
II – cada uma delas representa uma esfera social diferente, mas igualam-se porque, cada uma a seu modo, retrata a decadência do sistema social erigido em torno dos engenhos.
III – as três apresentam psicoses que revelam quadros variados de loucura.
IV – ligam-se umas às outras pelo parentesco, fazendo o romance constituir, internamente, uma trilogia que retrata a história da família.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) II e III b) II e IV c) III e IV d) I, II e IV e) todas estão corretas

2 – José Lins do Rego foi um dos mais proeminentes escritores da chamada Geração de 30. Sobre os escritores desta geração, é correto afirmar que
a) escreveram textos essencialmente regionalistas, voltados para corresponder aos interesses dos leitores de sua região de origem.
b) escreveram textos regionalistas que, porém, por explorarem a condição essencialmente humana das personagens, alcançaram dimensão universal.
c) escreveram seus romances no período entre 1930 e 1939, após o qual uma nova fase surgiu na literatura brasileira.
d) constituiu-se de um grupo de escritores nordestinos comprometidos em retratar os costumes e a vida do povo do sertão, revelando a condição humana do sertanejo.

3 – Mário de Andrade foi um dos muitos críticos literários que se rendeu à qualidade artística da obra Fogo morto. Segundo ele, os três personagens que encabeçam as partes do livro têm em comum
a) “complexo de inferioridade”
b) “mania de superioridade”
c) “esquizofrenia”
d) “sérios problemas de relacionamento com as esposas, o que desencadeia neles crises nervosas”
e) “um machismo exacerbado que os leva a agredir suas esposas para compensar suas frustrações sexuais”



4 – Antonio Carlos Villaça comparou o romance Fogo morto a uma sonata em três movimentos: “a alegro inicial, com a raiva do mestre Zé Amaro, destabocado, sincero, o andante central com a pasmaceira de Lula de Holanda, e o presto fulgurante, [...] do incrível capitão Vitorino, impetuosa criação.”

Dentre os livros citados abaixo, assinale aquele que também tem uma estrutura comparada a uma peça musical:
a) Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo
b) Violões que choram, de Cruz e Souza
c) Concerto campestre, de Luiz Antonio de Assis Brasil
d) Menino de Engenho, de José Lins do Rego
e) A hora da estrela, de Clarice Lispector

5 – As frases do romance Fogo morto são objetivas, tendo, a maioria, entre uma e duas linhas. Ao invés de vírgulas, o autor prefere o ponto. Além disso, o narrador dá voz às personagens, calcando o texto muito mais nos diálogos do que na narração, dando agilidade às ações. Esta estrutura
a) reforça a configuração modernista do livro atendendo aos preceitos da geração de 22.
b) acentua a incapacidade lingüística das personagens, que não tiveram acesso à educação.
c) facilita a leitura, tornando o texto mais leve e atraente.
d) reforça o caráter dramático da narrativa, aproximando-o a uma peça teatral cujo tema é a tragédia.
e) alimenta o sentido lírico da obra, monumento de concisão estilística.

6 – Na página 58, José Amaro faz a seguinte reflexão: “Nesta terra só quem não tem razão é pobre”. Na página 305, o narrador a reitera, revelando-nos que José Amaro pensa que “Pobre não tinha direito. Quem sabia dar direito aos pobres era o capitão, era Jesuíno Brilhante, era o cangaço que vingava [...]”. A reiteração desta reflexão revela que o autor
a) tinha a intenção de deixar claro que José Amaro estava ficando maluco e por isso repetia suas idéias.
b) reafirma sua crítica a um sistema injusto em que apenas os ricos têm seus direitos assegurados, enquanto os pobres só os têm quando vingados pela marginalidade.
c) cometeu uma falha estética ao repetir idéias iguais modificando apenas a forma como as expressou.
d) quis deixar claro o caráter cíclico de seu romance, pois os fatos se repetem ao longo da narrativa.

7 – Vitorino Carneiro da Cunha é, de certa forma, inspirado num personagem clássico da Literatura Universal. Qual é este personagem?
a) Sancho Pança
b) Dom Casmurro
c) Quincas Borba
d) Hamlet
e) Dom Quixote

8 – Uma constante do Romance de 30 é a crítica aos poderes constituídos. Em Fogo morto, uma das formas desta crítica percebe-se
a) no modo como o narrador descreve a decrepitude e a loucura dos senhores de engenho.
b) nas ações da polícia que, sem conseguir prender os bandidos de verdade, prova sua ineficiência e, de forma patética, espanca e prende o cego e os velhos, cidadãos indefesos.
c) na idealização do cangaceiro, que representa uma referência a Robin Hood, pois rouba dos ricos para distribuir entre os pobres.
d) na totalidade do romance, que desenvolve a temática da decadência dos engenhos, cujo destino é transformar-se num “fogo morto”.

9 – O engenho Santa Fé é, comparado com os demais, pequeno, mas diferencia-se dos outros porque os senhores desfilam num cabriolé e, sobretudo, porque nele há um piano. O piano funciona como um símbolo, que representa
a) o respeito e admiração que seus senhores têm por suas mulheres, as quais tocam o instrumento divinamente.
b) o refinamento cultural das filhas de seu Tomás, que fazia questão de proporcionar a elas uma educação requintada, para fazê-las diferentes de todas as outras e demonstrar seu amor por elas.
c) o luxo do qual usufruíam os senhores do engenho Santa Fé, o qual foi responsável pela sua decadência.
d) o gosto que seu Tomás e seu Lula tinham pela música, a qual proporcionava momentos de muito prazer a ambos quando as filhas de seu Tomás tocavam.
e) cultura, poder e riqueza.

10 – Sobre as mulheres do engenho Santa Fé, afirma-se:
I – são semelhantes às demais, pois representam apenas a condição da mulher submissa, subjugada pela força do marido.
II – as filhas diferenciam-se das dos outros senhores de engenho pela requintada educação que seu Tomás fez questão de garantir-lhes.
III – representam a força da mulher que, quando os maridos adoecem e não têm mais condições de prover a família, tomam para si esta responsabilidade e têm êxito nela.
IV – são personagens planas, que não apresentam complexidade psicológica.
V – a doença de Olívia a iguala à Marta, demonstrando a intenção do autor de mostrar que ricos e pobres, diante da força da loucura, são igualmente, simplesmente, humanos.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e V c) III e IV d) I, II e V e) todas estão corretas

11 – Lula de Holanda Chacon é um senhor de engenho culto, bem informado e fervorosamente religioso. Esta caracterização revela a intenção do autor de
a) provar que a fé em Deus e o conhecimento não é capaz de salvar um engenho do seu destino de falência.
b) deixar claro que o conhecimento individual não pode superar uma tendência social, que, no caso do capitalismo, constitui-se na substituição dos engenhos pelas usinas.
c) criticar a classe dominante que, apesar de seu poder, não consegue comandar sua vida pessoal.
d) demonstrar que um homem culto, religioso e rico é tão homem quanto um seleiro, um vadio ou qualquer outro, e deixar clara sua posição de que nenhum homem é melhor do que outro.

12 – Luís, o filho de Vitorino, representa:
a) o homem da cidade, muito mais humano do que as criaturas animalizadas do sertão.
b) o homem do sertão que, ao mudar-se para a cidade grande, é corrompido e se degrada.
c) a possibilidade de uma vida melhor fora do sertão, num ambiente que não exige das pessoas tentarem demonstrar que são o que não são, como seu pai faz o tempo todo.
d) a crença do autor de que o homem humilde pode alcançar pelo trabalho a realização de seus sonhos, independente da classe social a que pertence.

13 – Observe os itens a seguir:
I – “Não possuía nada e se sentia como se fosse senhor do mundo.” p. 396
II – “Voltava mais uma vez à sua mágoa latente: o filho que não viera, a filha que era uma manteiga derretida.” p. 56-57
III – “Já ia perto de casa. Lá encontraria a mulher e a filha, toda a desgraça de sua vida.” p. 81
IV – “A sua mulher teria também medo dele? Estaria assim tão monstruoso que espantasse o povo?”
V – Mesmo tendo apanhado a ponto de ficar desfalecido, quando levanta, afirma que retornará à luta: “Um homem que se preza não deve se entregar.” p. 400

Dentre os itens acima, referem-se ao capitão Vitorino Carneiro da Cunha:
a) I e III b) I e V c) III e IV d) II e V e) n.d.a.

14 – Sobre José Amaro, afirma-se:
I – tem clara semelhança com o personagem Dom Quixote, criação de Miguel de Cervantes.
II – não se conforma com sua condição de inferioridade, e vê a ajuda que dá aos cangaceiros como uma possibilidade de recuperar sua dignidade.
III – sente-se mal, pois não conseguira a mesma glória no trabalho que seu pai alcançara, tendo este feito selas inclusive para o imperador.
IV – não se conforma com a doença da filha e, por espancá-la, acaba abandonado pela esposa, que o teme como se ele estivesse possuído pelo demônio.
V – torna-se uma espécie de “lobisomem” após ter feito um pacto com o demônio.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e IV c) III e IV d) I, II e V e) todas estão corretas

15 – Sobre Lula de Holanda Chacon, afirma-se:
I – representa a aristocracia decadente dos engenhos de açúcar.
II – representa o homem culto que, apesar de seus conhecimentos e da dedicação ao trabalho, não consegue evitar a falência de sua propriedade.
III – apesar de toda a riqueza, devoção religiosa e cultura, acaba como os outros personagens principais do livro: arruinado e louco.
IV – representa o patriarca poderoso que, com pulso firme, comanda seus escravos, sua propriedade e sua família.

Dentre as afirmações acima, estão corretas:
a) I e III b) II, III e IV c) III e IV d) I, II e IV e) n.d.a.

Gabarito
1 a 6 b 11 d
2 b 7 e 12 c
3 b 8 b 13 b
4 c 9 14 b
5 d 10 b 15 a